Flor Alfazema
Nome Popular: Lavanda
Flor ALFAZEMA
Nome científico: Lavandula spp.
Família: Lamiaceae.
Nomes populares: alfazema, lavandula, lavanda, lavanda-inglesa, nardo.
Etimologia: seu nome deriva do latin lavandaria – plantas que serviam para perfumar a água de banho.
Origem: Mediterrâneo, África Tropical e Índia.
Características gerais: pequenos arbustos ou subarbustos, perenes ou anuais. As espécies mais cultivadas são lavanda-inglesa (L. angustifolia ou L. officinalis), lavanda-francesa (L. x intermedia) e lavanda-espanhola (L. stoechas). Esta última, assim como L. dentata, e L. multifida são largamente utilizadas no paisagismo, enquanto que a lavanda-inglesa e a lavanda-francesa apresentam maior aptidão como espécie medicinal e para extração de óleo essencial para perfumaria.
Apresentam folhas opostas, lineares ou lanceoladas, de coloração verde esbranquiçadas e muito aromáticas. As folhas são utilizadas para extração do valioso óleo essencial. As flores podem ser azuis ou arroxeadas, ocorrendo em inflorescências tipo espiga e são bastante perfumadas. Existem diversos híbridos e variedades, como a ‘Alba’ de flores brancas, a ‘Hidcote Pink’ de flores róseas ou a ‘Nana’ de pequeno porte. A floração ocorre principalmente na primavera-verão.
Espécies de lavandas nativas são encontradas nas Ilhas Canárias, norte e oeste da África, sul da Europa e no Mediterrâneo, Arábia e Índia. Os maiores produtores de lavanda são a Bulgária, França, Grã-Bretanha, Austrália e Rússia.
Condições de cultivo: é uma espécie rústica, não sendo exigente quanto à fertilidade do solo. Deve ser cultivada em solos muito bem-drenados e sob sol pleno, adaptando-se em regiões de clima ameno e seco. Podem-se realizar podas leves de formação e adubações ricas em fósforo para estimular a floração. Tolera bem a seca, o frio e as geadas, sendo que algumas espécies e variedades toleram o calor tropical.
Propagação: multiplica-se por sementes, divisão da planta ou por estacas.
Usos: em jardins são indicadas para compor maciços, bordaduras, cercas-vivas, na composição com arbustos isolados ou em grupos irregulares, canteiros de ervas; além de desenvolverem-se muito bem em vasos e jardineiras.
Curiosidades: o cultivo comercial da planta destina-se à extração de óleos das flores, caules e folhas, o qual é utilizado como anti-séptico, em aromaterapia e na indústria de cosméticos. Como produto terapêutico, em infusão, deve ser evitado o uso contínuo, podendo produzir excitação em doses elevadas.
O óleo essencial da lavanda já era utilizado pelos romanos para lavar roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como produto curativo. O óleo é obtido da destilação das flores, caules e folhas da espécie Lavandula officinalis. Entre várias substâncias, o óleo apresenta na sua composição o linalol e o acetato de linalila, que conferem a sua fragrância e, ainda, resina, saponina, taninos cumarinas. É usado para cortes, queimaduras, reumatismo, alergias de pele, queimaduras de sol, dor de cabeça, insônia, problemas inflamatórios, artrite, pelas propriedades bactericidas e anti-viróticas. Também é eficaz para restaurar a circulação sanguínea dos pés. O banho perfumado com óleo essencial de alfazema é excelente tratamento contra a insônia. O óleo é usado para dar cheiro a cremes, sabonetes e para escovar os cabelos, sendo considerado um estimulante do seu crescimento, principalmente se misturado com óleo de rosmaninho e manjericão. A água de alfazema reduz a atividade das glândulas sebáceas e elimina a gordura do cabelo.
As flores de lavanda produzem um néctar abundante que rende mel de alta qualidade produzido pelas abelhas. O mel da variedade lavanda foi produzido inicialmente nos países que cercam o Mediterrâneo, e introduzido no mercado mundial como um produto de qualidade superior. As flores da lavanda podem ser usadas na decoração de bolos. A lavanda também é usada como erva isoladamente ou como ingrediente da erva da Provence (França).
A flor também é usada para fazer saquinhos para gavetas (“sachês”), almofadas e poutporris. As folhas, inflorescências e ramos são usados para dar sabor às saladas e pratos guisados, a doces de frutas e gelatinas, bem como na preparação de azeite e vinagre de alfazema. Com as folhas de alfazema, preparam-se também algumas infusões e dá-se sabor a alguns tipos de chá.
Significados: ‘calma’, mas também pode significar ‘desconfiança’.
Engenheira Agrônoma, MSc. Márcia de Nazaré Oliveira Ribeiro
Engenheira Agrônoma, DSc. Patrícia Duarte de Oliveira Paiva