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Bromélias – Bromeliaceae

Nome Popular: Bromélia

BROMÉLIAS

Família: Bromeliaceae

Nomes populares: bromélia, carandá, carauá, caravatá e gravatá

Etimologia: seu nome é atribuído ao botânico Olaf Bromel, o qual foi homenageado pelo padre francês Charles Plumier que, no final do século XVII, batizou os karatas (abacaxi) de bromélia.

Origem: Américas, sendo a espécie Pitcarnia feliciana encontrada na África.

Características gerais: são plantas herbáceas, perenes, com agrupamento de folhas formando uma roseta. Suas folhas são recobertas por escamas peltadas, as quais absorvem água e nutrientes do ambiente. As escamas associadas à roseta permitem a sua adaptação a ambientes desfavoráveis. As bromélias não são parasitas e, na natureza, aparecem como epífitas, terrestres, rupícolas e saxícolas. Estão divididas em mais de 50 gêneros e a maioria das espécies de um mesmo gênero tem características e exigências semelhantes. Gêneros diferentes requerem variações de luminosidade, regas e substratos. A família Bromeliaceae abriga mais de 3000 espécies e milhares de híbridos, sendo o abacaxi, o mais popular deles. Somente no Brasil existem mais de 1500 espécies.

Os gêneros mais comuns são: Aechmea, Billbergia, Cryptanthus, Dyckia, Guzmania, Neoregelia, Nidularium, Tillandsia e Vriesea. A maioria das bromélias pode ser plantada em vasos, diretamente no chão ou também sobre troncos.

Condições de cultivo: as bromélias crescem bem em quase todos os solos, preferencialmente levemente ácidos, bem drenados, não compactados, propiciando assim, condições para o bom desenvolvimento do sistema radicular. O substrato de cultivo deve conter: areia grossa ou pedriscos, musgo seco ou fibra de coco, turfa e húmus de minhoca em partes iguais. É importante que a mistura possibilite uma rápida drenagem.

As bromélias são tolerantes à falta d’água, porém é de fundamental importância que a irrigação seja bem feita para haja um bom desenvolvimento dessas plantas. O excesso de água, principalmente no substrato, é prejudicial. Devido ao fato das suas folhas apresentarem escamas, recomenda-se a pulverização das plantas com água quando a temperatura for superior a 30°C ou quando a umidade do ar for muito baixa. Bastante claridade com luz difusa é a condição ideal para a maioria das bromélias.

A maioria das espécies de bromélias floresce somente uma vez durante o ciclo de vida e, após a floração, a planta desenvolve uma brotação lateral que substituirá a planta que irá morrer. As bromélias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades, o que dependerá da espécie e condições do ambiente, respeitando sempre uma determinada época do ano.

Propagação: a propagação pode ser feita por meio de sementes, mudas formadas lateralmente nas plantas ou por cultura de tecidos.

Usos: no mercado brasileiro, seus usos são distribuídos em três grupos: bromélias para ambientes externos – plantas de grande porte, não necessariamente floridas, bromélias para ambientes internos – plantas de pequeno ou médio porte em floração e, bromélias para coleção – espécies identificadas de porte variado.

Curiosidades: o primeiro registro de identificação dessas plantas ocorreu em 1493, durante a segunda viagem de Cristóvão Colombo à América. Os nativos da ilha de Guadalupe utilizavam uma planta como alimento, a qual denominaram karatas, hoje conhecida como Ananas comosus, o abacaxi. Desde então, o abacaxi foi levado à Europa e difundido por todo o mundo.

A palavra gravatá ainda é utilizada para se referir às bromélias e diversas localidades têm seu nome atribuído a essas plantas, dentre as quais: Gravatá, Gravatal, Gravataí, Gravatazinho, Caraguatá e Caraguatatuba.

Significados: a bromélia significa purificação, sua ação desintoxicante e purificadora, melhora a conexão com a natureza, trazendo clareza intuitiva. Essa característica está relacionada com a forma da planta, que vem surgindo do centro com as folhas pontiagudas e também por suas cores vibrantes que trazem renovação e vitalidade.

Engenheira Agrônoma, MSc. Márcia de Nazaré Oliveira Ribeiro

Engenheira Agrônoma, DSc. Patrícia Duarte de Oliveira Paiva